Seminário de artes marciais acontece no Bairro do Recife

Evento destaca técnicas de Aikido e Buki-waza sob a condução de uma sensei francesa

Alongamento antes da prática, guiado pela sensei Laetitia Dubasin. Foto: Milena Freire/Entrepontes

O Seminário Internacional de Aikido e Buki-waza, artes marciais de origem japonesa, acontece neste mês de outubro no Munen Mushin Dojo, localizado na Rua Mariz e Barros, no bairro do Recife. Convidada pelo fundador do dojo, Tadeu Marinho, a sensei Laetitia Dubasin, com vasta experiência na prática, lidera as aulas e compartilha suas técnicas com os participantes.

Tadeu Marinho, professor e fundador do Munen Mushin Dojo, explica que o objetivo do seminário é proporcionar aos alunos uma oportunidade única de aprendizado com profissionais experientes. “Trazer esses mestres de fora é uma forma de oferecer aos meus alunos a chance de vivenciar na prática os ensinamentos que um dia pude aprender fora do Brasil”, destaca.

Altar no Munen Mushin Dojo homenageando os percursores de Aikido e Buki-Waza. Foto: Milena Freire/Entrepontes

O estudante de Aikido há três anos, Lucas Santos, ressalta que a presença da sensei Dubasin será fundamental para seu desenvolvimento, não apenas como praticante, mas como pessoa. “Estamos falando de uma profissional com uma jornada longa, e isso será muito positivo. Além disso, cada momento no tatami é uma oportunidade de autoconhecimento”, compartilha Lucas. Aikido, que significa “o caminho da unificação da energia vital”, busca transformar artes letais em práticas de desenvolvimento humano, de acordo com Tadeu.

Embora a prática do Aikido já esteja presente no Brasil há alguns anos, o protagonismo feminino ainda é raro nos tatamis. Marcely Santos, empreendedora e praticante desde 2013, expressa sua frustração com a predominância masculina na modalidade. “Por ser uma arte marcial, há um número significativamente maior de homens. Aqui, somos apenas três mulheres, um número pequeno dentro de um contexto amplo”, lamenta Marcely.

A sensei Laetitia Dubasin, que começou a treinar Aikido aos 11 anos, também enxerga o seminário como uma oportunidade de inspirar outras mulheres a se destacarem. “Quero mostrar que essa é uma competência técnica elevada e que outras mulheres podem se espelhar em mim”, afirma a sensei, traduzida por Tadeu Marinho.