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Após crise, bicicletas ganham mais espaço nas ruas do Recife

  • Foto do escritor: BIANCA AMORIM
    BIANCA AMORIM
  • 2 de jun.
  • 2 min de leitura

No Dia Mundial da Bicicleta, alta da gasolina faz motoristas trocarem o carro pelo ciclismo




Nesta terça-feira (3), é celebrado o Dia Mundial da Bicicleta. A data coincide com um cenário no qual o meio de transporte sustentável ganha novos adeptos nas ruas do Recife, impulsionado não só pela consciência ambiental, mas principalmente pelo impacto que os combustíveis têm causado no bolso dos brasileiros. Com o aumento da gasolina, muitos moradores da capital deixaram o carro ou a moto de lado para adotar a bicicleta como alternativa econômica.


Esse movimento cresceu nos últimos anos, especialmente entre trabalhadores e estudantes. O professor de história Ricardo Luiz Victor, por exemplo, optou pelo veículo como solução definitiva. “Eu vou continuar andando de bike, até pela questão de ter uma consciência de que precisamos preservar o meio ambiente, para a sociedade futura”, diz. Ele acredita ainda que sua escolha estimula outros. “Você acaba incentivando outras pessoas a andarem de bike também”, afirma.




Segundo Daniel Valença, representante da Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), a alta no custo de vida tem sido decisiva. “Temos notado um crescimento, principalmente por conta da economia, tanto no número de ciclistas quanto na necessidade de buscar meios de transporte individuais”, explica.


Para muitos, a mudança começou por necessidade, mas acabou virando hábito. Ainda assim, nem sempre é uma escolha fácil. O estudante de engenharia Wilson Rabelo trocou o carro pela bike por não conseguir arcar com os custos. “Se a gasolina retornasse a um preço justo, talvez eu até voltasse a dirigir. Mas, por enquanto, pedalar é o que dá”, afirma.


O aumento de bicicletas nas ruas do Recife reflete menos uma tendência ecológica e mais uma adaptação à realidade econômica. Neste Dia Mundial da Bicicleta, o que se vê é uma ação impulsionada não só por vontade e consciência, mas pela urgência de seguir em movimento.


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