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Aneel confirma bandeira vermelha pelo segundo mês consecutivo

  • Foto do escritor: Lara Duarte & Pedro Magulha
    Lara Duarte & Pedro Magulha
  • 17 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Comerciantes da Boa Vista se preparam para o aumento na conta de luz e buscam soluções mais baratas


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Aneel, agência responsável pela regulação e fiscalização do setor energético do Brasil. Foto: Reprodução/Divulgação Aneel

Pelo segundo mês seguido, a energia elétrica ficará na bandeira vermelha em Pernambuco. Desta vez, com o acionamento do patamar 2 – estágio mais caro do sistema –, como informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O preço adicional para cada 100 quilowatts-hora (kWh) será de R$ 7,88. Devido ao aumento, comerciantes do centro do Recife já se preparam para não serem tão afetados economicamente. A adição na conta de luz acontece devido à baixa previsão de chuva para os reservatórios das hidrelétricas, principal matriz energética do País, e também por causa da elevação do preço do mercado da própria energia elétrica.


Ernesto Wrigg, dono do restaurante Hong Kong, na Boa Vista, reflete sobre como o acréscimo na conta de luz impacta no funcionamento do estabelecimento. “A gente passa por uma dificuldade maior, porque com dois freezers acaba ficando muito caro. Normalmente, eles sozinhos consomem R$ 180 só de energia, mas agora, com a bandeira vermelha, aumenta muito o preço. Isso somado com o valor das lâmpadas acesas, fica muito caro mesmo. Nós acabamos tendo que desligar os freezers à noite, porque senão fica inviável para pagar as contas de energia”.


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Luiz Neto, empreendedor e dono do restaurante Ponto Final, já tem planos de compra de energia solar para não sofrer com o aumento. Foto: Pedro Magulha/Entrepontes

Com a adição da taxa, alguns comerciantes já começam a buscar alternativas para não sofrerem tanto os impactos econômicos. Luiz Neto, dono do restaurante Ponto Final, na Rua do Lazer, revela sua estratégia. “Para contornar esse aumento de preço, eu já estou em contato com uma empresa de energia solar. Vou comprar energia deles para suprir o que a gente gasta com a Neoenergia. Então, vamos receber os kWh que serão descontados na conta de luz e, no final, a gente vai pagar 20% menos do que pagaria se continuasse do mesmo modo”, declarou.


O sistema de bandeiras tarifárias está em vigor em todo o Brasil desde 1º de janeiro de 2015 e considera, mensalmente, na fatura de energia elétrica, o preço da geração de energia no mercado, visando adaptar, de maneira dinâmica, estes custos extras de curto prazo na geração do insumo às tarifas dos consumidores.


As bandeiras são divididas em três tipos: a verde, tarifa que não sofre nenhum acréscimo; a amarela, tarifa sofre acréscimo de R$ 0,019 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido; e as vermelhas, de patamar 1 e 2, que sofrem, respectivamente, acréscimos de R$ 0,044 e R$ 0,078 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

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