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Comércio de livros físicos enfraquece no centro do Recife

  • Foto do escritor: Gabriel Quintella & Júlia Nazário
    Gabriel Quintella & Júlia Nazário
  • 3 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Sebo Livraria Baleia é exemplo de resistência em meio aos tempos difíceis com o crescimento dos e-books



O Sebo Livraria Baleia, localizado na rua Nunes Machado, 22, na Boa Vista, é um empreendimento de livros e artigos musicais que existe desde 2022. Localizado próximo a uma área universitária, seu acervo não se limita a livros didáticos, mas também investe na venda de vinis e artigos raros como uma coleção de livros de Portugal. E, embora haja uma vasta disponibilidade e a proposta seja a de vender obras a preços acessíveis, o que se vê são os clientes escasseando no local, o que reflete o comércio de livros no centro do Recife como um todo.


Uma pesquisa realizada pelo portal Brasil de Fato concluiu que 52% dos recifenses são leitores. A baixa na venda de livros físicos ano após ano, contudo, não é exclusiva da capital pernambucana, visto que a maioria dos leitores de todo o País aderiu aos e-books. Luiz Carlos Andrade, dono do Sebo Livraria Baleia, alega que, mesmo estando em ponto estratégico com grande movimentação (próximo à Universidade e colégios), o comércio é difícil, competitivo e apenas continua investindo na loja pelo amor à literatura. “Iniciei o empreendimento com minha filha, em Porto de Galinhas, mas devido a pandemia fomos obrigados a fechar porque cheguei a ficar no negativo. Agora, no Recife estamos tentando nos reerguer, mas está difícil”, disse.


Segundo pesquisa realizada pela Agência do Brasil, os gêneros de livros digitais mais procurados pelos leitores são não-ficção para adultos, seguido por ficção adulta e científico, técnico e profissional. Em termos de vendas de livros impressos, os romances são um dos gêneros mais populares de livros de ficção e conquistam o público leitor mesmo em momentos de baixa como esse.


A estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Ana Carolina Simões, alega que mesmo sendo uma leitora de carteirinha, atualmente lê apenas livros virtuais: “Acho a literatura importante, independente da área que queira seguir. Porém, o dia a dia corrido e o grande número de livros para a faculdade me fez aderir aos e-books. Acho triste, porque amo livros físicos, mas a praticidade do e-book me conquistou", confessou.

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