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Livreiro da Rua do Lazer lamenta a diminuição do hábito de leitura

  • Foto do escritor: Aleksandro Maior & Ana Clara Robalinho
    Aleksandro Maior & Ana Clara Robalinho
  • 24 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

José Bernardo vende livros há mais de 20 anos e diz que jovens não leem mais


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Aos 74 anos, o motorista aposentado José Bernardo vende livros para complementar sua renda há 21 anos, na rua Bernardo Guimarães, mais conhecida como Rua do Lazer, que margeia o campus da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na Boa Vista. Seu vasto acervo conta com famosos escritores, como os russos Liev Tolstói e Fiódor Dostoiévski, além de obras brasileiras de Guimarães Rosa e Jorge Amado.


Apesar de ter mais de duas décadas como livreiro, José percebe uma queda no número de leitores e cita a internet como principal causador desse problema: “Hoje em dia, as pessoas não têm mais o hábito de ler. Quando eu cheguei aqui, todo mundo andava com um livro na mão. Atualmente, as pessoas não se interessam mais pela leitura e as poucas que ainda leem, chegam aqui perguntando o preço por curiosidade e falam que todos os títulos estão de graça na internet”.


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Segundo microdados do Pisa 2018, divulgados no ano passado (2023), o texto mais longo lido por 66% dos alunos brasileiros não passa de 10 páginas; no Chile, normal é mais de 100. Uma das principais causas desse problema é a diminuição do incentivo parental acerca da leitura que, por sua vez, junto com as redes sociais, contribui para a formação de jovens que não desenvolvem o hábito de ler.


Julia Nazário, estudante de jornalismo na Unicap, fala sobre o hábito de leitura e sua relevância: “Considero a leitura muito importante na minha vida. É um entretenimento e um passatempo interessante, além de ajudar bastante na minha futura profissão. Acho de extrema importância a venda de livros de forma mais acessível; livros estão cada vez mais caros e a população se afasta mais e mais da prática da leitura”.


A leitura estimula o cérebro, desenvolvendo a capacidade de concentração, memória, raciocínio lógico e pensamentos críticos, além de inúmeros outros benefícios que abrangem diversas áreas da vida e que estão sendo perdidos principalmente pelas novas gerações.

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