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Como é a vida das pessoas que entregam santinhos pelo Recife?

  • Foto do escritor: Carlos Eloi & Luís Ernesto
    Carlos Eloi & Luís Ernesto
  • 3 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

O período eleitoral é visto como fonte de renda para parcela da população desempregada


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A cada dois anos o Brasil vive um verdadeiro “carnaval eleitoral”. A alegoria não aparece apenas nos jingles dos candidatos presentes em carros de som, mas também nas bandeiras coloridas que acompanham as avenidas e, sobretudo, nas pessoas entregando folhetos em cada esquina do Recife. Para uma parcela significativa desses últimos, a “folia” é aguardada com muita expectativa, pois ela se converte num período de aquisição de renda da população sem emprego.


“Para a gente que está sem trabalho fixo compensa bastante, porque é um extra, né? Ganhamos cerca de R$ 50 a R$ 60 por dia, mas as lideranças chegam a ganhar entre R$ 120 e R$ 200, dependendo do cargo”, ressalta Amanda Carla* (nome fictício), que trabalha entregando panfletos na Rua do Lazer, próximo a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).


Assim como Amanda, diversas pessoas veem a oportunidade nas eleições de conseguir um trabalho. O problema é que esse emprego dura pouco tempo. Afinal, quando as eleições acabam, com o candidato vencendo o pleito ou não, o contratado muitas vezes pode voltar a ficar desempregado. No período eleitoral, a empregabilidade cresce exponencialmente, como aponta o Tribunal de Contas do Estado (TCE).


“Fico em média cinco ou seis horas aqui. Trabalho como contratado e ganho por isso, mas não é só sobre dinheiro, é sobre o fato de eu acreditar nos projetos da minha candidata”, destaca Josué José, que trabalha em um estande móvel na Rua do Lazer. Assim como Josué, muitos recifenses vão às ruas para apoiar os seus candidatos, sendo voluntários ou contratados. Eles trabalham colocando adesivos, entregando santinhos e compartilhando conteúdo nas redes sociais.


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ECOLOGIA – Mas nem tudo é só trabalho e divulgação política. Também há um lado muito prejudicial ao meio ambiente quando ocorre a entrega de santinhos. De acordo com Andrey Alves, especialista em descarte de resíduos, grande parte desses materiais de campanha acaba sendo amassado e indo para o chão, sujando as ruas, entupindo os esgotos e poluindo ainda mais o Recife.

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