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Reforma do Mercado de São José impacta negativamente a renda dos comerciantes

  • Foto do escritor: Cecília Belo & Luiz Lima
    Cecília Belo & Luiz Lima
  • 23 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Permissionários que resolveram ficar no anexo do estabelecimento alegam que suas vendas caíram cerca de 50%


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Oito meses após o início das obras de reforma do Mercado de São José, no centro do Recife, dezenas de comerciantes que decidiram ficar no estabelecimento amargam quedas significativas nas vendas. Atualmente, 46 permissionários estão ocupando um anexo provisório localizado em frente ao mercado, na Rua da Praia.


A primeira fase da reforma do Mercado de São José começou no dia 8 de janeiro de 2024. A obra, realizada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB), mobilizou um investimento de R$ 22 milhões. O projeto visa reformar toda a estrutura do mercado, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pela sua importância arquitetônica e histórica.

Além dos 46 permissionários citados, que aceitaram a transferência para o anexo, outros 54 optaram por receber um auxílio no valor de R$ 3 mil enquanto durarem as obras, permanecendo no setor do mercado que ainda não está em reforma.



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Os comerciantes que ficaram no mercado viram suas vendas caírem significativamente. Anderson Alves de Souza, vendedor de carne bovina e suína há 22 anos, disse que viu sua renda cair mais de 50% desde o início das obras. Anderson também acrescentou que “muita gente não sabe que o mercado está funcionando”.


A comerciante Rute Miranda, que trabalha há 58 anos no Mercado de São José, contou que vários permissionários já deixaram o ponto, sem vendas. “A gente não pode comprar mercadoria porque não tem a quem vender. A reforma prejudicou, e muito, porque tiraram uma etapa e deixaram a outra”, analisa.


Sobre as vendas, Rute desabafou: “Tenho todo esse tempo de mercado e nunca passei pelo que estou passando. Está pior do que na pandemia. Se você vendia mil (reais), agora está vendendo 20 reais”.


A reportagem do Entrepontes procurou a Prefeitura do Recife para questionar a assistência aos comerciantes, mas até o fechamento dessa matéria não obteve retorno.

4 comentários


Mariana Mattos
Mariana Mattos
29 de set. de 2024

Excelente a matéria! Extremamente relevante levantar essa pauta.

Editado
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Anne Bezerra
Anne Bezerra
25 de set. de 2024

Incrível, muito importante pontuar esse agravante que está impactando tantos comerciantes!!!

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ANNA BEATRICE SILVA DE OLIVEIRA LIMA
ANNA BEATRICE SILVA DE OLIVEIRA LIMA
25 de set. de 2024

excelentee!

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Carlos Eduardo
Carlos Eduardo
24 de set. de 2024

Excelente material!

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