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Ciclovias do centro do Recife geram transtorno para ciclistas

  • Foto do escritor: Luiz Lima
    Luiz Lima
  • 18 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Dentre os principais problemas apontados estão a falta de manutenção e a descontinuidade



Quem depende de bicicleta para transitar no centro do Recife sofre com vários problemas, como ciclovias e ciclofaixas mal localizadas, invasão de outros veículos pelos corredores exclusivos e risco de acidentes. Só neste ano, o número de sinistros envolvendo ciclistas na Região Metropolitana do Recife (RMR) dobrou, com cinco casos, segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU). A ciclofaixa da Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, centro do Recife, é uma das que apresenta desafios estruturais.


Para Lucas Silva, estudante, morador do Ipsep, Zona Sul do Recife, e representante da Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo), a atuação da Prefeitura do Recife para requalificar ciclofaixas é quase nula. “É negligente, ineficiente e coloca em risco a vida de quem pedala. O Recife aumenta em 116% o número de sinistros desde 2024, isso é dado da própria Prefeitura do Recife e da própria CTTU”, afirmou.


Lucas Silva, representante da Ameciclo. Foto: Luiz Lima/Entrepontes

A busca por melhorias nas ciclofaixas e ciclovias do centro do Recife não é de hoje. Em julho de 2024, um grupo de ciclistas realizou um protesto pedindo melhorias nas estruturas de ciclovias e denunciou o desrespeito dos motoristas. A manifestação aconteceu em frente ao Teatro Santa Isabel, no bairro de Santo Antônio, organizada pela Ameciclo. A autarquia de trânsito informou, em nota, que “iniciará um plano de manutenção para as ciclofaixas do Recife, que terão 33,6 km requalificados”.


As reinvindicações foram motivadas pelo sinistro sofrido por Gaia Lourenço, ex-coordenadora da Ameciclo. Ela pedalava na ciclovia do local no dia 24 de julho e foi atropelada por um motoqueiro que invadiu a faixa exclusiva, pela falta de sinalização e de proteção na Praça da República.

Ainda segundo Lucas, o ideal para as vias do Recife é “fazer o que o Plano de Mobilidade manda: separar os ciclistas do veículo automotor. Ciclofaixa não traz segurança para o ciclista, ela não separa do automóvel, da moto. Acaba gerando conflito de quem está de moto, carro e bicicleta, e não tem fiscalização”.


De acordo com informações da CTTU, o Recife tem quase 200 km de malha rodoviária, o equivalente a um aumento de 600% se comparado a 2013. Porém, de acordo com a Ameciclo, esse dado se refere a 28% da rede que estava projetada no plano original.


Vale lembrar que segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o termo “sinistro de trânsito” é o mais adequado para os casos envolvendo ciclistas, pois significa “todo evento que resulte em dano ao veículo e lesões a pessoas ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito”.

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